Neste sermão, vemos Paulo apresentando quatro tremendas graças, dadas aos crentes, as quais devem ser constantemente exercitadas e tidas em mente por toda a vida, a saber: a doutrina da salvação, o dom da sabedoria (explicado aqui), a prática do melodiar no coração, por meio de salmos e hinos, bem como uma percepção de que estamos, o tempo todo, representando a Cristo.

Uma vez salvo, o crente passa a ter a seu dispor a infalível ajuda do Espírito Santo para repudiar os impulsos da velha natureza, incluindo a avareza (desejo por ter sempre mais e melhor); as cinco formas distintas de ira; e a mentira. A renovação progressiva também nos traz preciosas doses de conhecimento que alimentam a bendita certeza de salvação do crente.

Este sermão mostra que os crentes estão mortos, mas que ainda assim são ordenados a mortificar o pecado. Vemos também o quanto a impureza é ofensiva a Deus; e o apóstolo nos mostra como esta invade a mente (impureza), o coração (afeição desordenada ou paixão) e a vontade (vil concupiscência ou vis anseios). Vemos também quais são os remédios para uma mortificação eficaz.

Depois de repudiar os ritos carnais que os hereges haviam começado a introduzir na igreja, Paulo aponta para a “vida celestial” e para a necessidade de crescer nas graças que hão de ser aperfeiçoadas na glória, a saber: entranhas de misericórdia, benignidade, humildade, espírito servil, amor generoso e contentamento grato.

Os judaizantes haviam tentado persuadir os colossenses a adotar ordenanças judaicas, e o apóstolo Paulo mostrou que eles tinham uma circuncisão altamente superior, a saber: a circuncisão do coração. A velha natureza é destronada e uma nova, instalada; não obstante, antigos pecados podem retornar sem as precauções citadas pelo apóstolo. Nesta passagem Paulo ilustra a nossa vitória.